Imacula Conceição.

Graça e Paz da Parte de Cristo.

Diego Velázquez, Imaculada Conceição, 1618

Em 8 de Dezembro de 1854 um belíssimo dogma foi proclamado, o da Imaculada Conceição de Maria. A Virgem Cheia de Graças é lembrada pela obra da qual Deus fez em sua vida, em seu seio, em sua história; de fato o seio que recebeu o filho de Deus era completamente livre do pecado.

Alegria brota nos corações dos homens quando se percebe a beleza da pureza da Virgem Maria, em uma terra tão corrompida pelo pecado encontra-se Maria, figura das graças de Deus que são derramadas diante dos homens, figura do seio que faz nascer o Salvador, o Verbo Encarnado.

Mesmo diante de toda beleza desse dogma, que no mesmo período fez surgir varias congregações que tinha Maria Imaculada com referencial, são muitos os que ainda contestam o titulo dado a Virgem Maria. O próprio Arcanjo Gabriel se torna a testemunha chave da defesa desse dogma, pois de fato ele foi o mensageiro de Deus que disse “Ave Cheia de Graça”; foi assim que o grande “Eu Sou” queria que Maria fosse chamada de “Cheia de Graça”. Com sua saudação o Anjo Gabriel substitui o nome de Maria, por um novo nome: Cheia de Graça. O nome diz muito sobre a pessoa, diz aquilo que a pessoa é, sua missão; por muitas vezes Deus renomeou grandes personagens bíblicos, assim ele também fez com Maria, chamado Maria de “Cheia de Graça” Deus quis fazer que todos compreendessem que Maria era cheia de graça desde o momento que começou a ser Maria.

Deus fez o sangue de Cristo descer por antecipação na pessoa de Maria, em vista dos méritos do próprio Cristo. Por ser Mãe do Verbo de Deus, teria Maria de ser concebida sem o pecado original. Os Padres da Igreja lembram de Maria como "Pan-hagia" ( “a toda santa”, a que foi templo da trindade e que no evangelho de Lucas é saudada como “Bendita entre as mulheres...” (Lc 1,42). 

A figura de Maria também é lembrada no Islamismo, mesmo perante a recusa do protestante, de fato o nome de Maria é citado do Alcorão, porém não com o mesmo amor que nos temos. O Islamismo não ver Cristo como Deus, sendo assim Maria é vista no Alcorão apenas como a Mãe do profeta Jesus, mas mesmo diante disso ela é conhecida no Islamismo como “Tahirah: "Aquela que foi purificada" (Alcorão 3:42); Mustafia: "Ela, que foi escolhida". O Alcorão declara: "Ó Maria! Por certo Deus te escolheu e te purificou, e te escolheu sobre todas as outras mulheres dos mundos" (Alcorão 3:42)

Recorramos nesse dia a Virgem Maria, e peçamos a graça de sermos diante de Deus filhos amados e queridos, e que possamos pela intercessão de Maria fugir de toda ocasião de pecado, tendo sempre preservada um pureza de coração.

“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.

“Se conveio ao Pai preservar Maria do pecado, porque Lhe era Filha, e ao Filho porque Lhe era Mãe, está visto que o mesmo se há de dizer do Espírito Santo, de quem era a Virgem Esposa” (GM, p. 218). (Afirma Santo Afonso de Ligório).

“Nem se deve tocar na palavra “pecado” em se tratando de Maria; e isso por respeito Àquele de quem mereceu ser a Mãe, que a preservou de todo pecado por sua graça” (ibidem, p. 215). (Santo Agostinho).


“Que arquiteto, erguendo uma casa de moradia, consentiria que seu inimigo a possuísse inteiramente e habitasse?” (GM, p. 216). Assim Deus jamais permitiu que seu inimigo tocasse naquela em que Ele seria gerado homem”.  (São Cirilo).  

                  

                                                                                                                         Thiago Farias †

Salve Maria Imaculada!

Fontes biográficas: “A Senhora contestada”  E.Cunha

                               Felipe Aquino (Canção Nova) 
                               http://pt.wikipedia.org/wiki/Imaculada_Conceição