Maria Mãe de Deus.
Graça e paz da Parte Cristo!
Mais um ano começa, um ano onde
devemos ser a folha branca nas mãos do grande autor. Que seja o Senhor
que conduza nossos passos durante este ano, nosso maior propósito deve
ser um seguimento fiel a vontade de Deus em nós. No começo do ano
comemoramos o dia mundial da paz, somente Cristo é a paz plena, o Shalom
do Pai. “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como
o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (Jo
14,27), a paz do Senhor é uma paz inquieta, que não nos deixar
calado e nos levar a viver e testemunhar no mundo o Reino de Deus, uma
paz que começa dentro de nosso coração, uma paz com voz e mão, uma paz
que quebra o jugo da injustiça. Que a paz do Senhor preencha o medo de
nosso coração, livres para amar devemos vivenciar o Shalom do Pai, a
plenitude da paz e leva essa paz aos pobres de espírito.
Maria Mãe de Deus também é
lembrada nesse 1° de Janeiro. Começar o ano com o terno calor do manto
da Virgem Maria, que teve em seu colo a própria paz encarnada, é começar
o ano na certeza que o céu é próximo. É uma alegria celebrar esse dogma
que foi proclamado no Concílio de Éfeso no ano 431, como forma de
perceber que Maria foi uma grande personagem na história da Redenção da
humanidade, visto que Deus se encarnou no seio de Maria.
Nossa Senhora e o Menino Jesus-pintura da Igreja primitiva. |
Negar Maria como mãe
de Deus é negar a divindade de Jesus, visto que Jesus é Deus, e sendo
Maria mãe de Jesus, logo mãe de Deus. Negar a maternidade divina é
também negar o amor de Deus que se fez homem para salvar os homens, que
se fez pobre para salvar os pobres em espírito. A Mãe de Deus, em grego “Theotokos”, teve de Deus as prerrogativas para nela se cumprir a profecia da encarnação do Verbo, graças que são derivadas do sumo-bem.
O fato de Maria ser mãe de Deus
não significa que ela seja maior que Deus, mas é fato que a mãe de um
médico, por exemplo, é mãe do médico por inteiro (ele homem, ele pai,
ele medico, ele esposo) e embora ela seja analfabeta, sendo assim
inferior de inteligência, ela continua a ser mãe do médico, pois mãe não
se resume apenas ao corpo e sim a toda pessoa que é gerada. O filho de
Deus é consubstancial ao Pai, e quando esse mesmo filho assumiu a
natureza humana foi concebido no seio da Virgem Maria, porém volto a
dizer isso não faz de Maria superior a Deus; vale lembrar a frase de Santo Afonso: “Maria é infinitamente inferior a Deus, mas imensamente superior a todas as criaturas”.
Com a proclamação de Maria “Mãe
de Deus”, a Igreja quer afirmar que ela é mãe do Verbo encarnado, que é
Deus, a sua maternidade se faz presente na segunda pessoa da trindade,
Jesus Cristo. Santo Agostinho falando sobre a “Theotokos” diz: “
Se a mãe fosse fictícia seria fictícia também a carne...fictícia seriam
as cicatrizes da ressurreição”, garantindo assim a verdade da encarnação do Verbo. Repleta do Espírito Santo, Santa Isabel exclama: "Donde me vem à dita que a Mãe de meu Senhor venha visitar-me?" (Lc 1, 43), assim foi o som que Isabel cantou ao ver Maria, Mãe do Senhor e Mãe de Deus são expressões comum.
Maria teve de Jesus o olhar
terno de filho, e de Deus o olhar perfeito de Pai. Maria foi olhada por
Jesus como a mais bela mãe, e foi olhada por Deus como a mais bela
mulher. A maternidade de Maria deve ser encarada como o eco que faz
crescer a glória de Deus, uma materna missão que tem como propósito
primeiro demonstrar o quanto Deus amo o mundo.
Durante
toda história muitos foram os Santo e doutores da Igreja que ensinaram o
dogma da maternidade divina, e muitas foram as heresias que se
levantaram, pois muitos foram que acreditaram na Natureza divina de
Jesus Cristo. Para se defender a fé dos ataques das heresias foi
anunciada pela boca da Igreja.
“Maria é mãe de Deus,
resplandecente de tanta pureza, e radiante de tanta beleza que abaixo de
Deus, é impossível imaginar maior, na terra ou no céu.” (Santo André
Apost.in transitu B.V., apund Amad.)
“Maria é verdadeiramente Mãe
de Deus, pois concebeu e gerou um verdadeiro Deus, deu à luz, não um
simples homem como as outras mães, mas Deus unido à carne humana” ( São
João Apost, Ibid.)
“Maria é a santíssima, a Imaculada, a gloriosíssima Mãe de Deus” (São Tiago jac.in Liturgia.)
“Maria é feita Mãe de Deus, para a salvação dos infelizes” (S. Dionísio Areopagita in revel. S. Brigit.)
“Maria é Mãe de Deus, feita pela mão de Deus” (Santo Agostinho, in orat. Ad heres.)
"Maria Santíssima é Mãe de
Cristo e Mãe de Deus. A carne de Cristo não foi primeira concebida,
depois animada, e enfim assumida pelo Verbo; mas no mesmo momento foi
concebida e unida à alma do Verbo. Não houve, pois, intervalo de tempo
entre o instante da Conceição da carne, que permitiria chamar Maria "Mãe
de um homem", e a vinda da majestade divina. No mesmo instante a carne
de Cristo foi concebida e unida à alma e ao Verbo".(São Cirilo)
"Dizei-me o que pode Aquele cuja sabedoria é infinita, cuja bondade é inesgotável, cujo poder ultrapassa todos os nossos pensamentos, e eu vos direi exatamente a dignidade imensa da maternidade divina e as incompreensíves grandezas da Mãe do Verbo encarnado (São Bernardino)
Thiago Farias †"Dizei-me o que pode Aquele cuja sabedoria é infinita, cuja bondade é inesgotável, cujo poder ultrapassa todos os nossos pensamentos, e eu vos direi exatamente a dignidade imensa da maternidade divina e as incompreensíves grandezas da Mãe do Verbo encarnado (São Bernardino)
Salve Maria Imaculada !
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